Friday, October 31, 2008



Entretanto o Zé Rufo foi passear style para as Maldivas, e já voltou com altas fótos e uns filminhos para a malta se grizar um bocadinho. Mandou-me um mail com estas fótos e com um bonito titúlo que dizia, "um cheirinho".

Tuesday, October 28, 2008



As duas últimas semanas de férias foram passadas a acampar no paraiso. Assentámos arraiais num dos terrenos do senhor Pereira. O dito terreno a 50 metros do mar era alcatifado com hortelã, relva e morangos silvestres. Um pouco mais à frente estava o burro Eusébio, o nosso simpático vizinho a quem nós ofereciamos uma cenoura de vez em quando. Os dias foram-se passando entre um surfezito e idas à fonte, entre refeições maravilhosas e campeonatos de avistamento de estrelas cadentes, entre caminhadas à cascata e pescarias pouco proveitosas, entre surfezitos e idas ao surf. Já estou com saudades.

Friday, October 24, 2008




Agora estáva na hora de partir para outra. Lá fomos num barco gigante com capacidade para mais de 100 carros e 2000 pessoas... mas só iam um tractor e 7 passageiros. Já era um sonho antigo fazer uma viagem num barco fantasma, mas só agora concretizado. Chegámos e ali passámos uma semana. O sitio é lindo de morrer e com alto bom aspecto para o surf, mas infelizmente, foi mesmo só aspecto. O oceano durante a nossa estadia, parecia mais a barragem do alqueva do que a própria barragem do alqueva. Foi bom assim também. Fizémos grandes caminhadas, fomos à pesca e não pescámos nada, tomámos banho nas cascátas e apanhámos intoxicações alimentares com os petiscos locais.

fotos- Já revelei os slides. De baixo para cima, este sitio é no minimo dos minimos bonito, sala e quarto a arejar no paraiso e por último, não tem nada bom aspecto para o surf não senhor.

Thursday, October 16, 2008


Então na manhã seguinte continuava de chuva e meio cacete. Dormimos até tarde, esperámos por uma aberta na chuva e lá fomos em busca de um mega pequeno almoço. O café central da vila junto à igreja chamava-se "café simpatia". Olha que simpático. Entrámos. Ainda durante o pequeno almoço, foi rebaptizado como "café ironia". As trombas da familia gerente, a vitrine dos bolos vazia e as paredes pintadas de verde garrafa escuro tipo zona de velório, não nos deixaram outra alternativa. E porque estava de chuva e o surf pouco convidativo, fomos alugar um carro. As empresas de aluguer de carros lá da zona chamavam-se "Oásis rent a car", e "tropical rent a car", muito apropriado. Optámos pela Oásis porque a tropical estáva fechada. Assim, começámos o nosso périplo romãntico pelas belezas naturais da zona. ( Modéstia à parte, eu tenho um sentido de romantismo muito apurado, e sei exactamente do que uma miúda gosta. ) Parámos em todas as baías, promontórios e estradas esquisitas em direcção ao mar à procura de novos sitios para apanhar umas.(O mestre Lacs já me tinha falado de uma esquerda que havia por ali, e que ele costumava surfar na época das inspecções itinerantes. Como nunca viu ninguém por lá, resolveu baptizar o spot com o bonito nome de "gordas". Nesta zona do globo a originalidade no nome das coisa não abunda, e o mestre parece ter seguido a batuta). À hora de almoço já estava um sol e um calor infernal, o vento acertou e o mar endireitou. Voltei para o pico à porta de casa a 200, e entrei.

frame de um filme-O passeio romãntico revelou-se extremamente proveitoso. O pico do lacs, "as gordas" é só para quem sabe, o que não é o meu caso. Esquerdas javardas em cima de calhaus em seco não faz o meu género e pelos vistos o de ninguem. surf abundante mas pouco procurado à beira do paraiso..

Friday, October 10, 2008


Já é um clássico. Cada vez que aqui chego está de chuva. Mal desembarcámos do avião, dirigimo-nos ao posto de turismo a perguntar por sitios onde ficar. Deram-nos uma fotocópia com nomes e números de telefone. Experimentámos alguns, mas só à quinta ou sexta tentativa é que tinham quartos disponiveis. Sacámos a morada e fomos. A casa era virada... em cima, do únco pico de surf ali da zona, e estava a bombar. A dona da casa era uma maniacótarada das limpezas, onde tudo é forrado a plástico transparente, tipo restaurante chinês. O chão da casa era de mármore preto polido, brilhante e a cheirar a detergente em excesso . À noite, aproveitámos um momento sem chuva para percorrer o quilometro que nos separava do restaurante mais próximo. A meio do caminho e de uma estrada deserta começou a cair o dilúvio do ano e em menos de nada estava completamente ensopado graças ao "permeável" que a minha namorada me emprestou e que dizia "FBI" nas costas. Completamente ensopado e a escorrer água tipo cascata, abriguei-me num alpendre. A poucos metros dali estava uma roullotte de cachorros quentes que resistia estóicamente à tempestade. Sem as condições minimas reunidas para nos irmos sentar à mesa de um restaurante, optámos por um cachorro no primeiro jantar das nossas férias. Quando me apróximo da roullotte estacionada na rua que parecia um rio, agora já em tronco nú, vou-me a encostar ao balcão de aluminio para beber uma cerveja, e apanho um choque eléctrico daqueles mesmo violentos. Tudo o que me passavam para a mão dava choque e fazia rir o casal dono da roullotte. Meio abatido com este primeiro dia de férias voltei para o palácio de cristal. Amanhã vão estar altas, pensei eu... e realmente estavam...altas demais!